sábado, 25 de janeiro de 2014

Viajando com o bambolê

Faz 10 anos que eu danço com bambolê e há 10 anos preciso lidar com o transporte em avião. É sempre uma aventura e é preciso ter muita paciência e jogo de cintura para lidar com as pessoas que não estão acostumadas com esse tipo de bagagem.
Muitos são legais e começam a puxar assunto sobre bambolê e até pedem pra gente "dar uma palhinha" e perguntam quanto tempo eu consigo ficar com ele na cintura. Uns perguntam se sou ginasta. Enfim, a cara de curiosidade deles é ótima. 
Quando eu usava bambolês maiores, não tinha jeito, eu precisava despachar e sempre usei uma capa (foto). 
Hoje em dia meus bambolês são quase de tamanho infantil com tubo mais resistente. Então essa foi a primeira viagem em que tentei levar comigo ao invés de despachar, principalmente porque estava com o meu bambolê de LED e não queria correr risco de danos. 
Nesta última viagem ao Brasil passei pelos aeroportos de Los Angeles, Miami, São Paulo, Florianópolis e Recife. 

No avião

Sem grandes complicações. As aeromoças me ajudaram numa boa. Com a American Airlines e TAM, eu pude colocar atrás do último banco.
Quando entrei no avião da Gol, já fui colocando no lugar de costume e de repente aparece a mulher com a bambolê na frente do avião perguntando de quem era aquilo. Com eles foi mais difícil porque o equipamento de emergência estava atrás do último banco e não era possível deixar lá. Como eram bambolês pequenos e eu estava sentada na janela, ela ajustou entre o acento e a janela e ficou perfeito. Gostei da criatividade dela.

No aeroporto

A primeira coisa que todos tentaram foi despachar meus bambolês e eu tive que bater o pé em todos os aeroportos explicando que meu bambolê de LED era muito caro e eu não iria correr o risco de danificar.
Sem dúvida a grande dificuldade de viajar com bambolê foram as máquinas de raio X pois o bambolê não passa inteiro. Nos EUA acho que eles estão mais acostumados e apesar de serem mais rígidos, não tiveram problemas com isso. Simplesmente pegavam meus bambolês e me entregavam depois do detector de metais. São Paulo também foi fácil.
O mais complicado foi Recife. Por mais que eu explicasse o que era, não tinha jeito. Como os meus bambolês abrem, tive que me desdobrar pra conseguir diminuir o tamanho pra passar na máquina. Acho que fiquei uns 10 minutos tentando resolver e conversar com eles sobre isso mas não foram nem um pouco simpáticos.
Em Floripa também complicaram mas depois de alguma conversa, na primeira vez trouxeram um detector manual pra escanear o bambolê, na segunda foram chamar a polícia federal. O que facilitou dessa vez foi que meus aros eram transparentes.

Enfim, depois de muitos aeroportos cheguei em casa com eles intactos. O que eu não podia era deixá-los em casa e ficar na vontade de usar lá. Boa sorte!